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domingo, 9 de janeiro de 2011

Petróleo à vista em Salinas

Praia do Atalaia em Salinas: Foto Benedito






















EVANDRO FLEXA JR.

Da Redação(O LIBERAL)
Somente a implantação de um polo universitário avançado voltado para a área tecnológica em Salinas, estruturado pela Vale e pela Petrobras, já representa uma forte evidência de que no Pará existe petróleo ou gás. Com o início da perfuração, desde dezembro do ano passado, do poço exploratório Harpia, localizado a 222 quilômetros do município de Viseu, no chamado Bloco Marítimo Pará-Maranhão 3 (BM-PAMA-3), essa hipótese se tornou mais forte.
A possibilidade da existência de petróleo em território paraense ficou ainda mais evidente quando a Petrobras instalou plataformas na divisa do Pará com o Maranhão e passou a alertar os navegantes quanto aos riscos de trafegar no local.
Neste domingo, a OGX Petróleo e Gás e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) promovem audiência pública em Bragança, reunindo também a população do município de Augusto Corrêa, para definir duas coisas: como compensar os pescadores que não poderão mais ingresszar na área de exploração - um grande trecho da Bacia Pará-Maranhão - e de que forma os municípios serão indenizados, caso haja algum prejuízo de ordem ambiental.
Diante de tantas evidências, o professor da Universidade Estadual do Norte Fluminense, Carlos Alberto Dias, não tem dúvidas: existe petróleo na costa paraense. 'A Petrobrás, principal agente de exploração do País, até hoje não encontrou petróleo no Pará. No entanto, existem fortes indícios na região à altura de Salinas, na Bacia Pará-Maranhão', assegura. Dias - que é natural de Salinópolis, afirma que as evidências apontam para a existência do ouro negro, e que as confirmações virão após as perfurações. 'O petróleo paraense se encontra próximo a camada de calcário - e é um ambiente bem difícil de estudar, como ocorre com o Pré-Sal. Caso se confirme, será uma benção, pois os royalties transformam qualquer região ', destaca. Ele lembra que as mudanças decorrentes do petróleo no Norte-Fluminense levaram desenvolvimento e qualidade de vida ao local. O professor também ressalta que faz parte do grupo que vai estruturar o Polo Universitário de Salinas, idealizado pela parceria entre a Vale, a Petrobras e a Universidade Federal do Pará (UFPA).
TERRENO
Para Carlos Alberto Dias, a UFPA está se antecipando aos projetos de exploração que devem ganhar força nos próximos anos. A construção do polo universitário deve ser concluída já no próximo ano, segundo afirma o prefeito de Salinópolis, Wagner Curi (PT). 'A Vale, a Petrobras e a UFPA confirmaram a criação do instituto de pesquisa na região. Fizemos a doação de um terreno de 44 hectares, e agora está na fase de captação dos recursos. A obra deve ser concluída ainda em 2011. A previsão é de que em 2012 já tenhamos vestibular', assegura o prefeito.
Curi enfatiza que os cursos de graduação e pós-graduação em Engenharia de Exploração e Produção de Petróleo, e Engenharia Oceânica, bem como um curso profissionalizante de Pesca, que só tem em Santa Catarina, serão disponibilizados no Pará. 'Com certeza, já tem confirmada a existência de petróleo na costa paraense, caso contrário, não haveria motivos para investir em tal infraestrutura. Vamos ganhar cursos superiores e técnicos e vamos gerar milhares de empregos diretos e indiretos', atesta.

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