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domingo, 9 de fevereiro de 2014

Escolas particulares adotam os livros digitais

Quais são as vantagens para professor e aluno?
CAMILA GUIMARÃES E AMANDA POLATO 

A agitação dos alunos é a mesma de todo início de aula, em qualquer escola e em qualquer turma de garotas e garotos com seus 15 anos. Embalados pelo calor de uma tarde de fevereiro, falam alto e dão risadas. Como sempre, o professor gasta preciosos minutos da aula para acalmar o grupo, usando frases que soam familiares. “Vamos sentando, pessoal”, “Por favor, a aula vai começar”, “Gente, vamos lá, silêncio”. Aos poucos, o volume da conversa diminui, eles se sentam, tiram o material das mochilas. É quando chega aquele momento em que se espera ouvir outra frase-padrão: “Peguem seus livros e abram na página tal”. Em vez disso, Adalberto Castro, que ensina química para o ensino médio, pede a seus alunos que abram seus tablets. “Baixem os aplicativos Chemical e PSE”, diz. “Vamos usá-los nesta e na próxima aula.” A partir daí, as coisas começam a parecer um pouco diferentes do que numa aula tradicional sobre moléculas.
Castro trabalha na Escola Internacional de Alphaville, em São Paulo, uma das poucas escolas particulares do país que adotaram livros didáticos digitais acessíveis por tablets. A chegada das obras de editoras como Ática, Scipione, FTD e Moderna aos colégios é o primeiro movimento significativo, desde o início da febre dos tablets na escola, em direção a uma mudança concreta no ensino. Há cerca de um ano, os aparelhos serviam mais como marketing que como material didático. Passada a euforia da novidade, agora as escolas começam a experimentar, de maneira mais planejada, seu uso em sala de aula. O conteúdo do currículo escolar acessível pelo tablet ajuda a descobrir o que se ganha colocando aparelhos caros, frágeis e fascinantes na mão de professores e alunos.
Em janeiro, o Ministério da Educação – comprador de cerca de 80% dos livros didáticos – anunciou que abrirá licitação para livros didáticos digitais. Eles serão adotados nas escolas públicas de ensino médio em 2015. Dois meses antes, o governo distribuiu tablets para os professores das mesmas escolas, em treinamento para usá-los.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Governo vai investir US$ 300 milhões na educação básica do Estado até 2014

Caros professores e professoras, observem bem o teor da notícia e notem que para nós educadores não há propostas para melhorar a nossa remuneração, dessa forma como a educação em nosso Estado terá um salto de qualidade? Sem motivação e incentivos para os profissionais em sala de aula, dificilmente teremos uma educação de 1º mundo e com certeza esse empréstimo será pago por todos nós.

O governador Simão Jatene recebeu, na manhã de segunda-feira (30), o consultor em educação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Marcelo Pérez Alfaro, para discutir mais uma etapa do Programa de Melhoria da Qualidade e Expansão da Cobertura de Educação Básica no Pará. Um investimento no valor de US$ 300 milhões será destinado à execução do programa, que prevê até 2014 a construção de 30 e a reforma e ampliação de 350 novas escolas de ensino fundamental e médio.
O recurso também será usado na construção de sete escolas de ensino profissionalizante e de oito polos do programa Pro Paz, além de outras ações de melhoria da qualidade da educação básica. A carta consulta do projeto já foi aprovada pelo governo brasileiro, por meio da Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex). O governo do Estado pleiteia junto ao BID um empréstimo no valor de US$ 200 milhões para que o programa seja executado.
“Viemos para tratar sobre alguns pontos do projeto que passaram por um avanço. Cada passo que damos é apresentado ao governador. O projeto foi elaborado ano passado, foi aprovado pelo governo brasileiro e agora está a ponto de ser aprovado pelo BID. O valor total é de US$ 300 milhões. O BID entraria com o financiamento de US$ 200 milhões e o Governo do Pará, com a contrapartida de US$ 100 milhões”, informou o secretário especial de Promoção Social, Nilson Pinto.
Durante o encontro, o representante do BID deixou claro que a intenção do banco é ser parceiro do governo e concretizar a assinatura do empréstimo, fato que deve ocorrer até o fim do ano. “Há 15 anos o BID não investe em projetos destinados exclusivamente para a área de educação, por isso estamos estudando o programa e podemos garantir que a nossa previsão é assinar o empréstimo antes do fim do ano”, asseverou Marcelo Pérez.
Qualidade – O secretário de Estado de Educação, Cláudio Ribeiro, que também esteve na reunião, explicou que o programa, elaborado pela Secretaria de Estação de Educação (Seduc), leva em consideração a melhoria da infraestrutura e da gestão e a implantação do sistema de monitoramento e avaliação da educação básica.
Além de investimentos na infraestrutura, o plano prevê também ações de melhoria da qualidade da educação básica, com cursos de especialização e atualização para 20 mil professores, atendimento de 120 mil alunos em programas de correção de déficit de aprendizagem e implantação de um mecanismo regular de assistência e supervisão técnica de gestores e professores.
Para fortalecer a capacidade gerencial das escolas, serão implantados programas de qualificação para 3,5 mil gestores da rede e das escolas, além de da implantação de um sistema de estadual de monitoramento e avaliação do desempenho escolar.
As 30 escolas a serem construídas com recursos do projeto representam a criação de 45 mil vagas no ensino fundamental e médio na rede estadual de ensino. As sete escolas de ensino profissionalizante também aumentarão o número de vagas disponíveis nessa modalidade, importante para aproveitar o crescimento econômico do Estado e do país.